São lesões auto-infligidas na pele devido a um transtorno psiquiátrico, denominado transtorno factício.
Esse transtorno “é caracterizado por falsificação de sinais ou sintomas físicos ou psicológicos, ou, ainda, indução de lesão ou doença em si próprio ou em outra pessoa, associada a fraude identificada”(1) .
As automutilações podem acontecer de modo inconsciente ou não.
Há várias teorias que buscam explicar o problema. Mas o que vemos de pano de fundo é um sofrimento psíquico profundo de base infantil.
Como diz Winnicott: “Tudo começa em casa”. E assim sendo, todo ser humano no começo da vida passa pelo colo da mãe (ou substituta), e espera-se que essa mãe tenha tido saúde suficiente para se identificar com seu bebê e prover-lhe suas necessidades.
Esse é um assunto muito importante para ser explorado na teoria winnicottiana e, em outro momento, planejo fazer isso. Mas, está claro que as pessoas que apresentam tais lesões, oriundas do transtorno factício (nome dado pela psiquiatria) tiveram perdas maturacionais em seus estágios infantis de desenvolvimento pessoal, faltando-lhes um ambiente suficientemente bom necessário para amadurecer e ter saúde psíquica.
Alguém que apresenta tais lesões pode ter sido um bebê que passou por ansiedades profundas, chamadas de agonias impensáveis por Winnicott.
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Toque links para acessar bibliográficas da aula que ministrei sobre o tema na Escola de Enfermagem da USP.
The biography of the factitious-disorder patient.
O transtorno factício das síndrome de Munchausen e síndrome de Munchausen por procuração.
MUNCHAUSEN’S SYNDROME
Factitious Disorders in Everyday Clinical Practice
Factitious disorder_a systematic review of 455 cases in the professional literature
Facticious disorders in dermatology
Dermatite factícia desencadeada pela síndrome de Munchausen
Conversion, Factitious Disorder and Malingering: A Distinct Pattern or a Continuum?
Malingering and factitious disorder
Dermatitis artefacta: a diagnostic dilemma
Atypical wounds_ Best clinical practice and challenges
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- First, M.B. Manual de diagnóstico diferencial do DMS-V, 2015).